terça-feira, 8 de setembro de 2009

4 a desarrumar a casa... e a senhora que os deu à luz!

Tive uns amigos em minha casa, que por seu infortunio não tiveram temporáriamente para onde ir com mínimo conforto. E claro numa casa de 6 tem de haver regras, mas com um incremento de mais 3 ou 5, o verbo arrumar ou melhor desarrumar foi sendo conjugado, ao sabor da deseducação dos amigos. Mas fazendo uso de algum amor e temperado com firmeza, lá por vezes conseguia-se conjugar o verbo arrumar. Quando o infortúnio dos amigos chegou ao fim, desejei olhar para a minha casa e ver, respirar e sentir arrumação. Nada de especial, nada de obsessão por arrumação, apenas quando existe lugar para as coisas e vou sentar-me no sofá acompanhado dum chinelo, mais uma bola, e mais sem lá o quê, quase não sobra espaço para sentar um simples ser como eu. Assim pensei falei para o meu pessoal que apartir dali deveria estar tudo arrumado como antes dos nossos amigos estarem connosco. E dito isto, pensei com os meus botões que quando chegar a casa do trabalho, o meu pessoal (os 4) abaixo dos 13 anos, todos terão a lição aprendida - a mesma que dei aos amigos da desarrumação - e a casa estará bonita e arrumada... Só que nada disso aconteceu, e as minhas emoções começaram a falar mais (muito) alto que a razão, e lá vai barulho... Isto, uma, duas e três vezes, e claro, acompanhado de um olhar feminino (daquela senhora que os deu à luz), amorosamente reprovador deste meu primeiro feito, logo após o chegar a casa vindo do trabalho... sem palavras! Ainda bem que casei com a tal senhora!
Que bom que temos a capacidade de viajar retrospectivamente, pelo interior de nossas motivações e encontrar-nos connosco mesmos (ás vezes não é fácil...), para disciplinar nossas emoções!

Marido - pai? Esposa - mãe?

Talvez tenha piada, mas tenho observado tem as esposas sentem necessidade que seus maridos tenham em sua vivência, alguma coisa (ainda que pequena) de pai, com o seu abraço firme e aconchegante, com sua força protectora, com seu carinho expressando preocupação, etc, etc. Sempre haverá excepções, mas parece-me fazer algum sentido esta observação. De outro modo, os maridos talvez sintam necessidade de ver em suas esposas, alguma coisa de mãe, talvez no seu cuidado com coisas mais práticas do dia-a-dia deles, enfim, aqui não tive ainda tempo suficiente para analisar...

sábado, 9 de maio de 2009

Homem só, é apenas meio ser humano

Passados 12 anos de partilhar a vida com uma linda senhora, chego à conclusão em epígrafe. E não seriam necessários 12 anos, se estivesse atento ao valor feminino logo no início da minha relação afectiva. O chamado "sexto sentido" que o lado feminino tem fama de carregar, tem razão de ser. Não sei se é geral, se todas têm, mas aprendi a observar esta sensibilidade nela, e depois nelas. E fico encantado ao ver uma senhora a usar desta sensibilidade conduzindo o casal a uma boa decisão; e horrorizado ao ver um senhor a impôr-se sobre ela, completamente "cego", para decidir erradamente o que quer que seja. Dou-me por muito grato, ao ter assimilado por esta altura (benefícios do casamento) parte deste "sexto sentido", que me parece ser a capacidade, de observar calmamente e com tacto, o ambiente, as pessoas, os detalhes, que permitirão tomar a melhor acção. Homem só? apenas enquanto (não) casei...

sábado, 25 de abril de 2009

- Pai, não sou capaz!

Brinquedo novo... daqueles que é preciso "mãos" para montar peças. "- Pai, vêns brincar comigo?" Ouço eu. Com tantas coisas para fazer, arranja-se um espaço para uma prioridade (um pequeno de 6 anos, que obrigatóriamente tem que ter tempo de seus pais para ser ensinado). Tudo normal, começa-se a montar peça após peça, até que ouço um: " - Pai, não sou capaz!!! ". Substituir a criança nem sempre é a melhor opção, e idealmente seria abrir-lhe os olhos, com um "- Faz deste modo!" ou "- Deste modo consegues!". E logo a criança vence a frustração infantil, porque tem o seu tutor atento, que prepara-lhe o futuro, para não se intimidar diante de qualquer dificuldade, e para saber gerir a ansiedade numa aparente impossibilidade. Este episódio fez-me lembrar a outra pequena já acima dos 11 anos anos, repetindo o que há muito tempo ouvira-me dizer-lhe: "- Tu és forte, vá tu consegues!", para outra irmã de 4 anos, quando diante duma dificuldade, parecia não conseguir avançar...

sábado, 11 de abril de 2009

Vêr filmes com crianças - atrapalhado?

Puxa, com a minha querida, a mãe dos 4, vemos qualquer coisa, agora a meio da tarde... temos que "traduzir por miúdos" para os miúdos, o que vêm e ouvem e sentem ao mesmo tempo. Gostaria muito de ter estado no colo do meu pai, quando vi a primeira cena de terror na tv, mas estava sozinho... nem me lembro se ele estava ao meu lado no sofá, mas seguramente não tinha a sensibilidade necessária e as palavras adequadas, para me interpretar aquele som forte antes da súbita cena, que me fez estremecer o coração. Hoje, eu avisaria os pequenos, antes do som aparecer no ecrãn que iam-no ouvir, e prepararia-os para a desgraçada cena que iriam vêr - isto, caso permitisse que vissem ou os abandonasse à sua sorte de verem tudo a sós, antes da altura adequada, quando a idade já os tenha preparado para cenas mais cruentas.

domingo, 5 de abril de 2009

Porquê este blog?

Há dois anos atrás um colega de formação questionou-me o porquê de não publicar, o texto que tinha acabado de expôr numa sessão de formação, sobre o tema "Família". Claro que isto nunca mais me saiu da cabeça, e finalmente comecei. Como li num livro há muitos anos atrás, tirar pedras do caminho de outros, nas quais eu já tropecei, diz muito da motivação que está por detrás deste blog... assim haja tempo para mais... a bem dum mundo melhor... o herdeiro da minha grande fortuna de 6 anos pediu-me para ir brincar aos carrinhos com ele, há quase uma hora, e a de 4, está atrás da cadeira onde estou sentado, a dar-me abraços e beijinhos. As outrs duas estão a partilhar a vida com o Magalhães... enfim ocupação quanto baste, mas esta creio ser saudável e necessária, a outra de viver para trabalhar (8 horas por dia mais deslocações), espero reduzir em termos de duração diária, para assim conseguir colocar aqui alguns conteúdos... E ainda namorar com a mamã deles para recrear mutuamente as emoções e não só...